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ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS E BIBLIOGRAFIA
Equipe Proanpec

1. Nas questões de verdadeiro ou falso, como um item errado anula um certo, é melhor, nestas questões, deixar em branco os itens em que não tenha segurança, do que "chutar" a resposta.

2. Se não tiver tempo suficiente para estudar toda a matéria, é melhor aprofundar-se nos assuntos que são solicitados com mais freqüência. O tempo que terá que dispor para estudar temas relativamente complexos, será melhor aproveitado se firmar-se nos tópicos que costumam ser solicitados com mais freqüência. Lembrando que um item errado anula um certo, é melhor concentrar-se nos temas principais, do que estudar superficialmente todos os assuntos.

3. Recomenda-se estudar Matemática a partir de livros que apresentam exercícios aplicados de economia, como SIMON & BLUME, ou CHIANG,(ver bibliografia adiante). Ou seja, ao mesmo tempo em que está estudando Matemática, também está iniciando a preparação em Micro e Macroeconomia, pois a prova nessas disciplinas apresenta muitas questões que dependem de resolução matemática.

4. Mesmo nas escolas que dão grande peso a Economia Brasileira, as notas dessa disciplina não são significativamente diferenciadas para os melhores colocados ( em geral, a média dos 10 melhores colocados tem sido de aproximadamente 10,0, e do 90o ao 100 o colocado, média 8,5). Nesse sentido, a menos que disponha de muito tempo para estudo, e lembrando que será escolhido um entre cinco temas apresentados, talvez seja mais adequada a leitura de textos mais concisos, preferencialmente coletâneas de artigos, que indicamos na bibliografia, do que estudar profundamente teses e compêndios clássicos.

5. Se não for economista, pode ser útil ler inicialmente VASCONCELLOS, M. A. S. - Economia- Micro e Macro, Editora Atlas, 6ª edição, 2015, para uma síntese formalizada de Macro e Microeconomia básica, principalmente as partes de Elasticidades, Estruturas de Mercado, Contas Nacionais, Determinação da Renda Nacional, Análise IS-LM e Balanço de Pagamentos. O livro contém questões retiradas de concursos públicos (Banco Central, Auditor Fiscal da Receita Federal, Fiscal ICMS), que podem ajudar, numa primeira etapa, a preparação para o exame Anpec.

6. A Diretoria da ANPEC muda a cada 2 anos. Embora raro, nessas ocasiões podem ocorrer algumas alterações no Programa. Nesse sentido, é útil manter-se informado sobre essa possibilidade, contatando os Centros de seu interesse, ou consultando periodicamente a página da Anpec na Internet (abaixo).

7. A página da ANPEC na Internet apresenta as questões e gabaritos das provas desde 1990. Consulte o site da Anpec: www.anpec.org.br

BIBLIOGRAFIA
(Recomendada pela Equipe Proanpec. Nem todas constam da bibliografia oficial da Anpec)

MATEMÁTICA

Bibliografia Básica

1) BOLDRINI, J. et al. Álgebra Linear, 3ª. Edição, Harbra, 1986. Para a parte de Álgebra Linear, é o livro recomendado na bibliografia oficial do exame.
2) BRAGA, M.B., ORELLANO, V. e KANNEBLEY, S. "Matemática", Ed. Atlas, 2002. Baseado no programa da ANPEC, e na experiência dos autores como professores do Curso Preparatório ProAnpec.
3) CAMARGO, I. e BOULOS, P. Geometria Analítica, Um Tratamento Vetorial. Pearson, 2005. Para as questões de Geometria Analítica.
4) CHIANG, A. C. e WAINWRIGHT, K. - Matemática para Economistas, 4ª Edição, Campus, 2006, Ficou um pouco abaixo do nível do exame, mas, como SIMON e BLUME, tem a vantagem de apresentar exercícios aplicados, que podem ser úteis também para as provas de Macro e Microeconomia.
5) GUIDORIZZI, H. L. - Um Curso de Cálculo - (volumes I a IV) , 5ª. Edição, LTC Editora, 2001. Completo para a parte de Cálculo. Praticamente todo o volume I, e alguns tópicos dos outros volumes.
6) LIPSCHUTZ, S. Álgebra Linear, Bookman, 2004. Bom para Álgebra Linear
7) SIMON, C.P. e BLUME. L. – Matemática para Economistas – Bookman, 2004. Muitos exercícios aplicados. Para não economistas, tem a vantagem de apresentar muitos exercícios de Micro e Macroeconomia, na linha do exame da Anpec. Na parte de máximos e mínimos condicionados é o mais completo dos apresentados aqui.

Bibliografia Complementar
BRAGA, M. B. ; KANNEBLEY JÚNIOR, S. ; ORELLANO, V. I. F. . Matemática para Economistas. São Paulo: Atlas, 2003.
CAMARGO, I., BOULOS, P. Geometria Analítica: um Tratamento Vetorial. 3ª Edição. Prentice Hall, 2005.
CYSNE, R. P., MOREIRA, H. A., Curso de Matemática para Economistas. 2ª Edição. Ed. Atlas, 2001.
GANDOLFO, G. Economic Dynamics. 4ª Edição. Ed. Springer, 2010.

ESTATÍSTICA

Bibliografia Básica (1 livro de Econometria)

Estatística
1) BUSSAB, W. e MORETTIN, P. - Estatística Básica, 6ª. Edição, Ed. Saraiva, 2010.
2) HOFFMANN, R - Estatística para Economistas, Ed. Atlas. Principalmente para Estatística Básica.
3) SARTORIS, A - Estatística e Introdução à Econometria, Ed. Saraiva, 2ª ed., 2013 Baseado no programa da Anpec, e na experiência do autor como professor do Curso Preparatório ProAnpec. Cobre Estatística Básica, Números Índices e apresenta alguns capítulos introdutórios de Econometria.

Econometria
1) GUJARATI, D. e Porter, D. Econometria Básica, 5ª. Edição, McGraw-Hill, 2011.
2) HILL, C. GRIFFITHS, W. & JUDGE, G. - Econometria, São Paulo, Ed. Saraiva, 2003.
3) STOCK, J. e WATSON, M.
, Econometria, Pearson, 2004
4) WOOLDRIDGE, J. Introdução à Econometria, Thomson Pioneira, 2006. Outro bom texto para Econometria.

Bibliografia Complementar
1) BUENO, R.D. Econometria de Séries Temporais, 2ª edição, Cengage, 2011. Como o próprio título já diz, para séries de tempo.
2) ENDERS, W. Applied Econometric Time Series, 3ª edição, Wiley, 2009.
3) S.K. 1988. Números Índices, Atual, 1988.
4) PINDYCK, R. S., RUBINFELD, D. L.
Econometria: Modelos e Previsões. Campus, 2004.

MICROECONOMIA

1) FIANI, R.,Teoria dos Jogos, 3ª. Edição, Elsevier, 2009. Livro bem didático que cobre todos os assuntos de Teoria dos Jogos da Anpec
2) GIBBONS, R. Game Theory for applied economists. Princeton University Press, 1992, caps. 1 e 2. Leitura complementar sobre Teoria dos Jogos
3) NICHOLSON, W., Microeconomic Theory, 9th. Edition, Thomson, 2005. Emprega mais cálculo que o Varian e o Pindyck. Por essa razão, constitui uma leitura mais avançada. As partes 2 e 3 desse livro são excelentes complementos para Teoria do Consumidor e Teoria da Firma. Recomendado para os alunos que já fizeram o Varian (ver abaixo) e possuem conhecimento básico de cálculo.
4) PINDYCK, R. S e RUBINFELD, D. L. - Microeconomia, 6a.edição, Pearson, 2005. Bem didático, com bastante aplicações práticas - se bem que na prova da ANPEC são solicitadas mais questões teóricas.
5) VARIAN, H. - Microeconomia - Princípios Básicos, 7ª.edição, Edit. Campus. Assim como o Pindyck, é bastante didático. Seu conteúdo, porém, é mais teórico e apresenta maior compatibilidade com o programa da prova ANPEC.
6) VASCONCELLOS, M. A. S., OLIVEIRA, R. G. e BARBIERI, F. - Microeconomia, 3 ª edição, Edit. Atlas, 2011. Publicação bastante dirigida para a prova da ANPEC, baseada na experiência dos autores como professores do Curso Preparatório ProAnpec. Inclui questões de exames anteriores.

MACROECONOMIA

Bibliografia básica:
1) DORNBUSH, R.; FISCHER, S. e STARTZ, R. - Macroeconomia. 11ª edição, McGraw-Hill do Brasil, 2013.
2) FROYEN, R T. - Macroeconomia , 2ª.edição, Editora Saraiva, 2013. Didático, mas incompleto para o nível do Exame da Anpec.
3) JONES, C. E. - Introdução à Teoria do Crescimento Econômico, 3ª edição, Elsevier, 2015. Fundamental para a parte de crescimento econômico.
4) LOPES, L.M., e VASCONCELLOS, M.A.S. - Manual de Macroeconomia–Equipe de Professores da USP, 3ª. Edição, Editora Atlas, 2008. Publicação bastante dirigida para a prova da ANPEC (com exceção da Parte IV, mais avançada), baseada na experiência dos autores como professores do Curso Preparatório ProAnpec, incluindo questões de provas anteriores.
5) MANKIW, N. G. - Macroeconomia, 8ª. Edição, LTC Editora, 2015. Muito didático, e adequado para Anpec.
6) SIMONSEN, M. H. e CYSNE, R. P. - Macroeconomia, 4ª. Edição, Editora Atlas, 2009. Referência principal para Contas Nacionais, Balanço de Pagamentos e Sistema Monetário.

Bibliografia complementar:
1) PAULANI, L. M. e BRAGA, M.B – “A Nova Contabilidade Social”, 4ª.edição, Editora Saraiva, 2013. Referência introdutória para Contas Nacionais, Balanço de Pagamentos e Sistema Monetário.
2) BLANCHARD, O. J. - Macroeconomia: teoria e política econômica. 5ª. Edição, Pearson, 2011.

ECONOMIA BRASILEIRA

1) ABREU, M. P.(org) - A Ordem do Progresso: dois séculos de política econômica no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2014. A segunda edição é um livro relativamente completo sobre a política econômica brasileira no período da prova da Anpec, por vezes de leitura mais difícil e onde existe diferenças entre os capítulos escrito por diferentes autores. Reflete basicamente a posição da PUC - RJ.
2) GIAMBIAGI, F., VILLELA, A., CASTRO, L.B., HERMAN, J.(org.) – “Economia Brasileira Contemporânea:1945-2015”, 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2016. A terceira edição abrange o período recente (Dilma), mas não nada sobre o período anterior a segunda guerra mundial; de leitura mais fácil, também envolvendo diferentes autores.
3) CARNEIRO, R., Desenvolvimento em crise: a economia brasileira no último quarto do século XX, Edit. Unesp. 2002. Reflete o pensamento predominante nas escolas não ortodoxas, leitura importante para quem faz provas voltados para estas escolas como Unicamp, UFRJ etc
4) BELLUZO, L. G. e COUTINHO, L. (org) - Desenvolvimento Capitalista no Brasil, São Paulo, Edit. Brasiliense, 1982 (2 volumes). Livro clássico, cronologicamente não aborda algumas questões mais atuais, mas reflete basicamente a posição da Unicamp. Leitura importante para quem quer fazer mestrado em escolas com ênfase em economia política (UNICAMP, UNESP, UFRJ e maioria das universidades federais),
5) GREMAUD, A. P., VASCONCELLOS, M. A. S., e TONETO JR., R. - Economia Brasileira Contemporânea, 8ª edição, Edit. Atlas, 2016 (até 1º. Mandato Governo Dilma). Útil para uma primeira revisão geral, e para não economistas, pois traz conceitos básicos de Macroeconomia aplicados à Economia Brasileira.
6) GREMAUD, A. P. , SAES, F. A. M. & TONETO JR., R - Formação Econômica do Brasil, São Paulo, Edit. Atlas, 1997. Mais voltado para a área de história, atualizando os livros clássicos como de Celso Furtado, Caio Prado Jr., Texto relativamente conciso, para o período até meados dos anos 80.
7) KON, A. (org) - Planejamento no Brasil II, São Paulo, Edit. Perspectiva, 1999. Reflete principalmente a posição da PUC-SP. Complementa e atualiza Lafer (abaixo), e também apresenta artigos concisos.
8) LAFER, B. M. (org.) - Planejamento no Brasil, São Paulo, Edit. Perspectiva, 1970. Cada capítulo é uma síntese concisa dos principais Planos Econômicos até a época (1970), feita por professores da USP, como João Sayad, José Roberto Mendonça de Barros, Roberto Macedo.
Uma indicação importante é prestar atenção na bibliografia sugerida pela própria ANPEC e suas mudanças. A inclusão de novas obras é sempre uma dica para temas que podem ser incluídos na prova. Assim, as últimas inclusões foram:

• BASTOS, P. P. e FONSECA, P. C. D. (orgs.) A Era Vargas: Desenvolvimentismo, Economia e Sociedade. São Paulo: UNESP, 2012.

• CARDOSO Jr., J. C. (org.) A Reinvenção do Planejamento Governamental no Brasil. Brasília: IPEA, 2011.

• IPEA (Brasileiro (org. André Bojikian Calixtre; André Martins Biancarelli; Marcos Antonio Macedo Cintra). Presente e Futuro do Desenvolvimento, Brasília, 2014

Notas sobre a prova de Economia Brasileira:

a) A prova de Economia Brasileira é a única que é dividida em duas partes: - Parte I- 15 questões objetivas (em forma de testes, com respostas do tipo F ou V, também com uma certa anulando uma errada) - Parte II- Uma (raramente mais que isto) questão discursiva (o candidato escolhe entre normalmente 5 temas)

b) Em geral, a prova de Economia Brasileira na prova da Anpec abrange o período que vai do fim do século XIX (fim do trabalho escravo) até os dias de hoje.
c) Os pesos adotados para cada uma das provas variam entre os centros e no caso de Economia Brasileira além de seu peso ser diferente em cada Centro e poder variar de um ano para outro (ver site da Anpec), alguns centros zeram brasileira. A PUC-Rio, FGV-Rio, FGV – SP e o IPE -USP, por exemplo, atribuem peso zero para toda a prova de Economia Brasileira, ou seja, ela não conta.
d) Para os centros que consideram a prova de brasileira, existem diferentes pesos entre a prova escrita e para a prova de teste. Muitos centros zeram a parte discursiva da prova brasileira e só atribuem ponderação a parte objetiva (UFMG e UNB por exemplo, o peso de economia brasileira é de 20%, todo ele apenas na prova objetiva). Enquanto outros centros dão um peso maior para a parte discursiva (na Unicamp economia brasileira tem um peso de 35%, sendo 10% a parte objetiva e 25% a parte dissertativa), ou total (na UFRJ, Economia Brasileira tem um peso de 30% só a parte discursiva. A parte objetiva é zerada)
e) Tanto em termos de quantidade como de profundidade, costumam ser solicitadas mais questões sobre o período após a 2 ª guerra. A tendência e a prova focar cada vez mais o período recente da economia brasileira (década de 90 em diante).
f) Temas que o candidato deve ter firmeza: Planos Estratégicos (Trienal, Metas, PAEG, 2o. PND); crise dos 80 (crise da dívida), Planos de estabilização (especialmente Cruzado e Real); reformas liberais (abertura econômica) e suas consequências, governo FHC X Lula.
g) O ideal é estudar a partir das coletâneas de artigos, como ABREU (2014), GIAMBIAGI e outros (2016). Embora clássicos, teses como a da Maria Conceição Tavares, João Manoel Cardoso de Mello, e livros como os do Celso Furtado, Carlos Lessa, Barros de Castro & Souza, devem ser estudados mais por aqueles que desejam fazer mestrado em centros onde Economia Brasileira tem grande peso, especialmente na prova dissertativa, como, é o caso da Unicamp, UNESP, e praticamente todas as universidades federais.
h) na prova objetiva, o foco é normalmente instituições e políticas econômicas, o pensamento por vezes é abordado mas com menos frequência e em poucos autores (Furtado, Tavares, Barros de Castro, e em períodos onde existem controvérsias bem mapeadas). Uma dica é dominar a linha tempo das instituições e das politicas econômicas, atribuindo as diferentes características desta politicas aos períodos corretos.
i) para a prova dissertativa, deve-se lembrar que em geral são sugeridos 5 temas, e deve-se dissertar sobre apenas um, o que pode induzir os estudos mais aprofundados para uma parte mais restrita do amplo período cronológico da prova da Anpec.